Os casos de hepatite A mais que dobraram em homens de 20 a 39 anos no país. O dado foi divulgado nesta quinta-feira (5) pelo Ministério da Saúde. No ano passado, foram registrados 40,1 mil novos casos de hepatites virais no Brasil.
Além da via sexual, a hepatite A é transmitida por água e alimentos contaminados. Existe vacina contra a doença.
Ela é oferecida gratuitamente pelo SUS para crianças entre 15 meses e 5 anos de idade. Segundo o Ministério da Saúde, no Estado de São Paulo, a vacinação também está disponível para homens que fazem sexo com homens.
Já em relação à hepatite B, houve pouca variação nos últimos 10 anos. Foram 14,7 mil casos em 2016 e 13,4 mil em 2017.
Esse tipo de hepatite é transmitido por sangue contaminado, sexo desprotegido e compartilhamento de objetos perfuro-cortantes. A vacina para hepatite B está disponível no SUS para todas as pessoas.
Em crianças, a vacina é dada em quatro doses, sendo a primeira ao nascer. Em adultos, que não se vacinaram na infância, são três doses. No ano passado, foram distribuídas 18 milhões de vacinas para todo o país e atualmente, 31,1 mil pacientes estão em tratamento para a doença, segundo o Ministério da Saúde.
Hepatite C é a mais frequente no Brasil
Publicidade
Fechar anúncio
A hepatite C tem o maior número de notificações entre todas as hepatites e é foco de programa de prevenção e combate do governo, que pretende eliminar a doença do país até 2030.
Mais de 332 mil pessoas registraram que possuem a doença desde o final da década de 1990. No ano passado, foram registrados 24,4 mil casos.
A doença acomete principalmente adultos acima de 40 anos. Assim como a hepatite B, é transmitida por sangue contaminado, sexo desprotegido e compartilhamento de objetos perfuro-cortantes.
O tratamento com os antivirais de ação direta, disponível no SUS, apresentam taxas de curas superiores a 90%, de acordo com o Ministério.
A meta é do governo é eliminar a hepatite C até 2030. Para isso, pretende simplificar o diagnóstico, ampliar a testagem e fortalecer o atendimento.
Em 2017, a taxa de incidência foi de 11,9 casos por cada 100 mil habitantes. São mais de um milhão de pessoas que tiveram contato com o vírus do tipo C, o que representa 0,71% da população brasileira.
“A hepatite C é uma doença silenciosa. Muitas pessoas estão com o vírus da hepatite C e não apresentam nenhum sintoma, então diagnosticar e tratar essas pessoas da forma mais rápida possível é essencial para a qualidade de vida dessas pessoas e também para a saúde pública”, afirmou Adele Benzaken, diretora do Departamento de IST, HIV/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, em comunicado.